Canal Azul é liberado para portos do Brasil
Uma parceria entre Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Instituto de Tecnologia de Software, Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada e Escola Politécnica da Universidade de São Paulo permitirá reduzir o tempo gasto com trâmites burocráticos na liberação de cargas destinadas às exportações. Trata-se do projeto Canal Azul, que foi lançado em 2013 e agora encerra sua fase de testes e entra no período operacional, aberto a qualquer frigorífico e via qualquer porto do Brasil.
De acordo com nota divulgada pela assessoria da Abiec, o Canal Azul consiste na implantação de um lacre eletrônico nos contêineres de carne, destinados à exportação, que não precisarão de liberação ao chegar ao porto, pois a validação será realizada previamente por um fiscal federal agropecuário no fluxo de saída do frigorífico.
A adesão ao Canal Azul é totalmente voluntária e, segundo a entidade, a tecnologia possibilita “uma drástica redução” do tempo gasto com trâmites burocráticos na liberação de cargas nos portos do País. Seis plantas fabris de bovinos e aves participaram do projeto, que envolveu os portos de Santos (SP) e de Navegantes (SC).
A redução do tempo gasto para liberar as cargas variou entre 57 horas, em Santos, e 109 horas, em Navegantes. O processo permite que os frigoríficos economizem com aluguel de contentores, energia elétrica, armazenamento e monitoramento.
“O investimento dos frigoríficos nos lacres eletrônicos é baixo se comparado à economia que será feita com a redução do tempo das cargas nos portos e em outros fatores também. Para que nossos negócios continuem a crescer, é imprescindível desenvolvermos formas mais eficientes de exportar e, neste sentido, a consolidação do Canal Azul é um marco para o setor”, afirmou em nota o presidente da Abiec, Antônio Jorge Camardelli.
Também está em andamento o projeto denominado Fronteira Azul, que será a evolução do Canal Azul para acordos bilaterais. “Seria uma ferramenta eletrônica para apoiar os processos de exportação, deixando toda a documentação em uma janela única. Esse processo de registro online está sendo implementado pelo governo do Egito”, afirma o professor da USP, Eduardo Mário Dias.
Fonte: Comunicação Abiec.
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