Itaqui quer ser opção de saída para carnes
O porto público investiu R$ 30 milhões para adequações que permitirão a movimentação de contêineres simples e os “reefers” – refrigerados e voltados a perecíveis.
Após registrar aumento de cem vezes em seu lucro líquido entre 2014 e 2016, para R$ 400 milhões, Itaqui precisa se diversificar. Além de combustíveis, celulose e outros granéis sólidos, o porto cresceu nos últimos dois anos em grãos, com a chegada do Tegram. Nesse sentido, as apostas no setor de proteína animal ganham peso à medida em que os grãos avançam em Matopiba. Itaqui recebe soja e milho de seis Estados, além do Maranhão.
Entre as benfeitorias, estão a ampliação do pátio para contêineres e a instalação de “centenas” de tomadas – sem as quais não se tem refrigeração. Isso exigiu uma readequação geral da rede elétrica. A extensão do ramal ferroviário, operado pela VLI, até o futuro pátio também está contemplada nos investimentos. Outros R$ 255 milhões – dinheiro de caixa – foram aprovados para reformar os sistemas de iluminação, combate a incêndios e de radares para navios, além da construção de novo berço de atracação.
Os investimentos atuais devem ter efeito cascata sobre os demais elos da cadeia, beneficiando pecuaristas do Estado e atraindo frigoríficos. O Maranhão tem apenas duas unidades de abate de bovinos. As futuras exportações de carne não deverão substituir eventuais embarques de boi em pé. Em 2015, um acidente no porto de Vila do Conde (PA) redirecionou animais do Minerva para Itaqui. “Esses dois únicos embarques geraram R$ 40 milhões a quase 200 pecuaristas do Maranhão”, diz Ted Lago, superintendente de Itaqui.
Fonte: Portos e Navios.
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