Corrente de comércio Brasil-China tem queda de 14%
A 61ª edição do CEBC Alerta, relatório produzido pelo Conselho Empresarial Brasil-China, apresenta dados e análises sobre o comércio entre os dois países nos meses de janeiro a agosto de 2016, tendo por base dados divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
O boletim informa que a corrente de comércio Brasil-China totalizou aproximadamente US$ 41 bilhões, o que significa queda de 14% em relação ao mesmo período do ano anterior.
As exportações tiveram leve acréscimo de 2%, chegando a US$ 25,9 bilhões, enquanto as importações originárias do país asiático registraram queda de 32% (ficaram em US$ 15,1 bilhões). Com isso, o saldo comercial entre os dois países encerrou o período com superávit de US$ 10,8 bilhões para o Brasil.
São Paulo foi o Estado com maior participação nas transações comerciais com a China. No período, apresentou corrente comercial de US$ 8,3 bilhões com o país asiático. Foi seguido por Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Santa Catarina.
Observada a balança comercial das unidades federativas com a China é perceptível que mais da metade apresenta uma relação deficitária com o país asiático. De acordo com o relatório, o principal vetor para o cenário, no caso dos Estados com maior déficit absoluto, está ligado ao considerável peso do setor industrial, como ocorre em São Paulo, Amazonas (sobretudo pela Zona Franca de Manaus) e Santa Catarina, receptores de manufaturas chinesas que incluem, particularmente, peças e insumos para a produção industrial local. Aos Estados superavitários, uma das explicações está ligada ao grande volume de vendas do agronegócio – em particular a soja, como no caso do Mato Grosso e Rio Grande do Sul – e também as exportações de minério de ferro, no caso de Minas Gerais.
No geral, entre os destaques das operações estão os embarques de soja para a China, com aumento de 4% em quantidade, mas retração em valor de vendas de 0,3% em relação ao verificado no mesmo período de 2015. As transações comerciais envolvendo o grão representaram 52% de todas as exportações do País ao parceiro asiático.
As vendas de minério de ferro apresentaram resultados superiores em termos de volume, com crescimento de 24% no comparativo com o mesmo período de 2015. O valor recebido pelas transações comerciais indicou aumento de 2%. Também o envio de óleos brutos de petróleo indicou crescimento de 12% em quantidade, embora o retorno monetário tenha apresentado queda de 23%.
Já as importações de produtos chineses no primeiro semestre 2016 apontaram retração na grande maioria dos itens da pauta, em grande parte pela desaceleração da economia doméstica. Os dois principais setores – aparelhos elétricos e mecânicos – fecharam o primeiro semestre em queda, respectivamente, de 32% e 29%. Ambos, somados, representaram 46% de todas as compras brasileiras oriundas da China.
Fonte:Sem Fronteiras.
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